sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Opinião sobre o potencial Brasileiro e a geração de energia


MATRIZ ENERGÉTICA
              A música e o video abaixo, retratam de forma poética um dos grandes problemas gerados pela construção de usinas hidrelétricas,  que é o fato de que a construção de grandes reservatórios implica no alagamento de vastas regiões, no caso citado na música, o municipio de Sobradinho no Estado da Bahia. A usina foi instalada nessa região aproveitando o curso d'água do Rio São Francisco. Nesses casos a população é retirada do local, significando a ruina de suas terras  e meios de sobrevivência além de completa  erradicação do "lugar" de referência dessas pessoas. Assim a grande pergunta que fica nesses casos, é quanto custa o "lugar" e todo história nele contida? Não há como por preços em lembranças , no passado etc....
Fonte: Redefor- Formação Docente
Gestão de Território: Energia e Meio Ambiente.

Sobradinho

Sá e Guarabyra

O homem chega, já desfaz a natureza
Tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar
O São Francisco lá pra cima da Bahia
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
E passo a passo vai cumprindo a profecia do beato que dizia que o Sertão ia alagar
O sertão vai virar mar, dá no coração
O medo que algum dia o mar também vire sertão
Adeus Remanso, Casa Nova, Sento-Sé
Adeus Pilão Arcado vem o rio te engolir
Debaixo d'água lá se vai a vida inteira
Por cima da cachoeira o gaiola vai, vai subir
Vai ter barragem no salto do Sobradinho
E o povo vai-se embora com medo de se afogar.
Remanso, Casa Nova, Sento-Sé
Pilão Arcado, Sobradinho
Adeus, Adeus ...
Extraído de http://letras.mus.br
Extraído do site: www.youtube.com.br
Fonte: opiniãosustentável.com.br

Ao analisarmos essa imagem, observamos que a Matriz Energética brasileira é composta por fontes de energias renováveis como a lenha, derivados de cana, hidraulica, porém ainda predomina a utilização de fontes convencionais que para gerar energia emitem CO² na atmosfera, sendo assim, consideradas poluidoras. Na comparação com a fonte energética mundial o Brasil apresenta uma  alta porcentagem de utilização das fontes renováveis, quando analisamos o cenário mundial, verificamos que possuimos uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo. Em relação ao discurso ambiental da necessidade de utilização de fontes de energia limpas e renováveis, a     a entrevista do Secretario executivo do Forum Executivo de meio ambiente e setor elétrico, senhor Décio Michellis Jr. entitulada " Querer não é poder: como descarbonizar a matriz energética brasileira, nos remete a reflexão sobre essa questão,  quando o mesmo conclui que apesar de todos serem a favor de energias limpas , com a  presença crescente do conceito, desde que não seja no meu quintal, e cada uma de nós continua consumindo energia elétrica, pois ela significa conforto, saúde, desenvolvimento e qualidade de vida. Desenvolvimento não rima com falta de energia elétrica e  assim apesar dos discursos são poucas as pessoas que abririam mão do conforto em favor do meio ambiente. Para ele nenhuma fonte deve ser desprezada, e não existe ilusão, mesmo as fontes renováveis e energias ditas limpas provocam impactos ambientais quando utilizadas em larga escala, com danos que podem ser tão significativos, quanto as fontes convencionais, quando compararmos os impactos ambientais de cada fonte, do berço ao túmulo, ou seja da produção ao consumo final. Para ele cada fonte de energia tem sua aplicação e lugar na matriz energética nacional. A escolha deve considerar as especificidades locais, os custos de oportunidades sócio-ambientais. Assim nenhuma fonte deve ser desprezada.
  Fonte:ABCE - Associação Brasileira de Companhias e Energia Eletrica - 2007/2012

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Charge - Biocombustível e a fome no mundo


OS BIOCOMBUSTÍVEIS, O ETANOL E A FOME NO MUNDO
No primeiro caso, estão as preocupações de caráter ambiental que derivam da crescente busca para a redução de emissões de gases que aceleram o efeito estufa. Quanto aos governos, a segurança energética relaciona-se com a redução da dependência da importação de petróleo, bem cada vez mais escasso e cujos principais países exportadores encontram-se em regiões com freqüentes instabilidades políticas. É nesse contexto que a experiência brasileira no uso do álcool derivado da cana-de-açúcar desperta a atenção mundial.

O Brasil está, há pelo menos três décadas, na vanguarda da corrida dos biocombustíveis, em decorrência não só da enorme quantidade de terras e recursos hídricos disponíveis, como também por seu domínio tecnológico na produção de cana, a mais importante das matérias-primas utilizadas para produzir açúcar, etanol e eletricidade de forma competitiva.

A decisão dos governos dos Estados Unidos (EUA) e dos países da União Européia (UE) em pelo menos duplicar o seu consumo de biocombustíveis nos próximos anos não só acirrou inúmeros interesses, como também ensejou grandes polêmicas.

Uma das principais polêmicas é aquela que discute o impacto que o crescimento das culturas agrícolas ligadas à produção de biocombustíveis causariam à produção de alimentos. De início deve-se ressaltar que a importância dos combustíveis de origem agrícola no mercado global de energia é pequena, visto não representarem mais do que 1% da produção de combustíveis fósseis.

Mas, o crescente impacto do boom agroenergético tem afetado, de forma mais ou menos significativa, certos mercados agrícolas, especialmente o do milho, a principal matéria prima usada para produção de etanol nos EUA. A produção norte-americana do etanol já consome cerca de 20% do milho produzido no país e esta cultura vem avançando gradativamente sobre áreas de outros plantios, especialmente os dedicados à soja. Isso tem ocasionado aumento dos preços de certos produtos agrícolas e causado desequilíbrios na estrutura dos mercados agropecuários (especialmente os de rações), além de afetar as exportações (os EUA são os maiores exportadores mundiais).

Já o impacto da expansão da agroenergia nos mercados agrícolas é muito menor em países como o Brasil, que produzem álcool a partir da cana. Mais eficiente que o milho ou qualquer outra cultura agrícola, a produtividade da cana é duas vezes maior que a do milho e seu custo de produção é 30% menor.

Do total de terras aráveis do Brasil (aproximadamente 340 milhões de hectares), cerca de 2,0% são usadas para o cultivo de cana, metade delas dedicadas à produção de etanol. A cultura da cana deverá se ampliar nos próximos anos às custas das terras dedicadas ao plantio de soja (cerca de 6,0% das terras aráveis) e milho (3,2%) e também sobre as áreas de pastos que correspondem a quase 60% das terras aráveis. Mas, não há certeza que, em algumas áreas, a cana não possa se expandir em detrimento a algumas culturas alimentares. Daí, a ferrenha oposição setores da sociedade em relação a essa expansão.

Estimativas para a safra de cana de 2007/2008 indicam que ela crescerá 15% em relação a de 2006/2007 e o aumento se verificará em quase todas as unidades federativas. Os estados que apresentarão o maior crescimento porcentual serão a Bahia (75,9%) e Tocantins (73,5%). Todavia, em volume, a produção de cana é bem concentrada. Cerca de 85% dela verifica-se no Centro-Sul, com destaque para São Paulo com aproximadamente 70% do total regional. O Paraná (porção norte), Minas Gerais (região do Triângulo Mineiro), Mato Grosso Sul (leste) e centro-sul de Goiás completam o quadro.

Há estudos em andamento no Ministério da Agricultura no sentido de se estabelecer um zoneamento agroecológico do setor sucroalcooleiro cujo objetivo seria o de definir as áreas disponíveis para a ampliação da produção levando em conta não só os índices de produtividade, mas também os impactos ambientais e socioeconômicos dessa expansão.

Os EUA e o Brasil são, nessa ordem, os maiores produtores mundiais de etanol, sendo os norte-americanos os maiores importadores do produto e nosso país o maior exportador. Todavia, o Brasil não possui as limitações de expansão de área cultivada como os EUA, já que a cana pode, a princípio, se expandir especialmente em áreas de cerrado, que tradicionalmente têm sido utilizadas para pastagens ou produção de soja. O Brasil, por exemplo, poderia produzir 132 milhões de litros de etanol, volume necessário para substituir 15% da gasolina nos EUA, com cerca de 30 milhões de hectares de cana-de-açúcar, o triplo da área atual de cana, porém apenas 10% da nossa reserva de pastagens.

Se produzida com alta tecnologia, a agroenergia representa uma extraordinária oportunidade para os países subdesenvolvidos da América Latina, África e parte da Ásia. O Brasil, em particular, tem uma chance de ouro para estar à frente dos demais países no contexto global da bioenergia, buscando consolidar o álcool (e também o biodiesel) como commodities globais, produzidas de forma ambiental e socialmente correta.

A expressiva alta dos alimentos nos últimos dois anos e a crise alimentar que vem afetando muitos países pobres como o Haiti, Burkina Fasso, Níger, entre outros levou vários especialistas ligados a organismos multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI), a afirmar que esses problemas, que poderiam se alastrar por outros países eram causados pela expansão dos cultivos dedicados a produção de biocombustíveis (o etanol em particular) em detrimento daqueles dedicados a alimentação humana. Na verdade, o problema tem como causas uma combinação de fatores que atuam de forma diferenciada em vários países.

Genericamente seriam cinco os principais fatores que explicam, em termos mundiais, a situação atual. O aumento da produção de biocombustíveis e a manutenção dos subsídios agrícolas em países ricos, como os EUA e países da UE. O aumento dos custos da produção agrícola como decorrência do aumento do petróleo e dos fertilizantes. O forte incremento do consumo de alimentos por parte de países emergentes de grande população como são os casos da China, Índia, Brasil e México. A quebra de safras em vários países produtores de grãos cujo exemplo mais evidente é o da Austrália, atingida por secas prolongadas nos últimos anos. A crise financeira dos EUA que levou investidores a apostar em contratos de mercadorias, contribuindo também para o aumento de preços dos alimentos.

Nelson Bacic Olic

Revista Pangea, 29/4/2008
http://www.geografiaparatodos.com.br/index.php?pag=sl223

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Fontes renováveis respondem por 88,8% da matriz energética brasileira.


A participação de fontes renováveis de produção de eletricidade na matriz elétrica do Brasil chegou a 88,8% em 2011, um aumento de 2,5% em relação a 2010, segundo dados do Balanço Energético Nacional 2012. O estudo foi elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), divulgados na terça-feira 12.
O governo brasileiro destacou que a média mundial é de 19,5%. Já entre os países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ela chega a 18,3%.
Segundo o levantamento, houve alta de 6,3% na produção hidrelétrica, devido a condições hidrológicas favoráveis. Por outro lado, teve redução na produção de bioeletricidade a partir da biomassa da cana-de-açúcar.
A fonte eólica totalizou geração de cerca de 2,7 mil gigawatts-hora (GWh) em 2011, número 24,2% maior na comparação com 2010.
“O elevado percentual de crescimento prenuncia o que deve ocorrer de forma ainda mais expressiva nos próximos quatro anos, quando novos parques, já em construção, entrarão em operação”, aponta o estudo.
Produção de energia no país
Além da energia elétrica, a matriz energética brasileira inclui outras fontes disponíveis, como gás natural, gasolina e lenha, por exemplo. Nesse segmento, que inclui todos os recursos de energia disponíveis no país, a participação de fontes renováveis permaneceu praticamente estável, alcançando 44,1% das fontes utilizadas no Brasil, no ano passado. Mesmo assim, ainda é maior que a média mundial, de 13,3%, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE).
A oferta interna de energia, que é o total da energia demandada no país, cresceu no ano passado 1,3% em relação a 2010. O consumo final de energia (pelas pessoas e pelas empresas) cresceu 2,6%.
Repartição da oferta interna de energia
Renováveis (44,1%):
Biomassa da cana: 15,7%;
Hidráulica e eletricidade: 14,7%;
Lenha e carvão vegetal: 9,7%;
Lixívia (água de lavagem das cinzas da queima de madeira) e outras renováveis: 4,1%).
Não renováveis (55,9%):
Petróleo e derivados: 38,6%;
Gás natural: 10,1%;
Carvão mineral: 5,6%;
Urânio: 1,5%.

* Fonte: EPE.
** Publicado originalmente no site da EcoD.

domingo, 26 de agosto de 2012

Fontes de energia brasileiras


Matriz energética brasileira

Matriz energética é uma representação quantitativa da oferta de energia, ou seja, da quantidade de recursos energéticos oferecidos por um país ou por uma região.

Analise da matriz energética de um país, ao longo do tempo, é fundamental para a orientação e planejamento do setor energético, que tem de garantir a produção e o uso adequado da energia produzida, permitindo, inclusive, as projeções futuras.

Fonte: http://www.google.com.br/imgres

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

TRIPÉ DA SUSTENTABILIDADE


Por Fernando Rebouças
http://www.infoescola.com/ecologia/tripe-da-sustentabilidade/
 
A sustentabilidade, em termos de documentos da ONU (Organização das Nações Unidas) e rascunhos para a Rio+20, gerou uma visão de base para sustentabilidade que tem o seguinte tripé:
  1. Ser economicamente viável;
  2. Ser socialmente justo;
  3. Ser ambientalmente correto.
Também conhecido como “Triple Botton Line” , linha de três pilastras, foi criado em 1990, por John Elkington, inglês, fundador da ONG SustainAbility. Essa concepção de tripé de sustentabilidade tem recebido críticas de diversas correntes.
No quesito de “economicamente viável” há um paradoxo, pois a economia atual, ainda preenchida de conceitos e ações do século XX em pleno início do século XXI, ainda é estimulada pela concorrência, pela contratação de mão-de-obra mais barata e busca do lucro pelos estímulos do consumismo que mantém o faturamento das empresas e do ritmo de geração de empregos.
O quesito socialmente justo falha na concepção de uma sociedade que se mantém no ciclo lucrativo da competição que deixa à margem cerca de 2 bilhões de pessoas na miséria no mundo e, principalmente, nos países mais pobres do mundo alheios a uma política social e institucional séria.
O terceiro item, o “ambientalmente correto” também é considerado utópico pelo ritmo desenfreado de ações extrativistas e destruidoras nos ecossistemas do planeta em prol da produção de serviços e produtos nãos-sustentáveis, ou sustentáveis em nível simbólico e marketista em algumas ações de comunicação empresarial. A humanidade e o seu ritmo produtivo pós-industrial ainda não conseguiu mitigar o avanço das poluições e do excesso de consumo de energia no planeta, havendo somente ações e projetos pontuais de relevância contra o aquecimento global e na defesa de biomas e espécies.
O tripé da sustentabilidade tem sido considerado um conceito puramente retórico, porém é utilizado como medidor em nível social, ambiental e econômicas em relatórios oficiais de empresas privadas e públicas comprometidas com o desenvolvimento sustentável em todo o mundo.
Também referido como 3 P´s depende de questões políticas e culturais, de um alto nível de coerência para que as dúvidas e falhas relatadas anteriormente possam ser detectadas e superadas, sempre equilibrando o que é esperado de um projeto de desenvolvimento e o que está sendo verdadeiramente implementado.
Fontes:
http://envolverde.com.br/ambiente/artigo/desenvolvimento-sustentavelcritica-ao-modelo-padrao/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Trip%C3%A9_da_sustentabilidade
http://ambiente.hsw.uol.com.br/desenvolvimento-sustentavel2.htm

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Veja a opinião de diferentes especialistas sobre o potencial energético brasileiro,  a questão da sustentabilidade e videos sobre a produção de energia no Brasil.
Fonte:www.youtube.com.br






Visão estratégica da matriz energética

 

 

 

    23 de julho de 2012 | 3h 08
    Adriano Pires
    O governo federal não tem uma visão estratégica da nossa matriz energética. O curioso e ao mesmo tempo preocupante é que vivemos um momento em que o que diferencia o Brasil de outros países, em particular, entre os Brics, é a nossa independência energética. Portanto, o mais difícil a natureza nos deu, basta que elaboremos políticas públicas para que a energia passe a ser, de fato, uma vantagem comparativa. Hoje estamos perdendo essa oportunidade e com isso comprometendo a competitividade da indústria brasileira.

    No setor elétrico, chama a atenção a insistência do governo em manter os leilões de energia com caráter nacional e englobando todas as fontes. Outro ponto é o fato de o governo, no seu planejamento, afirmar que a expansão da oferta a partir de 2014 será feita, exclusivamente, com fontes renováveis.
    A atual metodologia dos leilões teve importância no passado, assegurando a oferta de energia, uma vez que naquele momento a prioridade era evitar um novo racionamento.
    A ideia, defendida por poucos membros do governo, de que é necessário manter a atual metodologia dos leilões em função da modicidade tarifária não é uma verdade e, mesmo que fosse, o argumento não é suficiente. Se considerarmos unicamente o aspecto preço da energia comercializada para o mercado cativo, realmente passa a impressão de se ter conseguido contratar energia a preços antes não imaginados. E de eólicas, mais ainda. Das demais fontes, nem tanto.
    Mas seria o preço da energia o único parâmetro que se deveria levar em consideração nos leilões? E caso a resposta seja sim, será que esse parâmetro nos conduzirá à construção da matriz de energia elétrica de que o País vai precisar no futuro? É inteligente e estratégico abandonar fontes de geração que, por diferentes motivos, não estão sendo beneficiadas por subsídios específicos, financiamentos privilegiados e mesmo garantia de oferta, e com isso não têm preços competitivos? Seria estratégico não levar em consideração nos preços obtidos nos leilões a localização do mercado consumidor? Não estamos escondendo com isso o verdadeiro preço da energia?
    Quanto a abandonar as fontes térmicas a partir de 2014, esse é um grave erro estratégico. O Brasil não pode e não deve abrir mão do gás natural e do carvão, até porque serão essas fontes que vão regularizar a energia produzida pelas usinas a fio de água. Aí entra outro questionamento: até que ponto o País vai ceder a pressões externas e de falsos ambientalistas, mantendo reservatórios a fio de água? A visão estratégica seria partirmos para leilões por fonte e regionais, implantando uma matriz hidrotérmica, rediscutir os reservatórios a fio de água, reduzir tributos e encargos setoriais.
    No setor de gás natural, o desafio é aumentar a oferta, promover a concorrência, reduzir o preço e, com isso, contestar o monopólio da Petrobrás. A estratégia para alcançar esses objetivos seria os Estados, que possuem o monopólio da comercialização e distribuição, proporem políticas que incentivem, em particular, as distribuidoras de gás e as geradoras de energia elétrica a construir, por meio de consórcios, terminais de gás natural liguefeito para atender aos seus respectivos mercados. Além disso, os Estados que não promoveram licitações das áreas de concessão de distribuição de gás canalizado deveriam seguir o exemplo do Rio de Janeiro e de São Paulo, lançando programas de privatização. No curto prazo, a Petrobrás deveria passar a cobrar pelo gás natural associado a um valor menor, dado que é um subproduto do petróleo. Por exemplo: na Colômbia, o preço do gás natural associado vendido pela Ecopetrol é 50% do preço do gás não associado ao petróleo.
    No setor de petróleo, a estratégia é a retomada dos leilões, mudar o rumo da política de conteúdo local, modificar o marco regulatório do pré-sal e a política de preços dos combustíveis. Nos oito anos de governo do presidente Lula, a Agência Nacional Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou apenas cinco leilões e a área exploratória, que alcançou um máximo de 341 mil quilômetros quadrados em 2009, será reduzida a 114 mil quilômetros quadrados no final de 2012. Isso acabará comprometendo o nível futuro de reservas e a produção de petróleo e gás natural, bem como o montante de royalties.
    No conteúdo local, a estratégia seria voltar a adotar um arcabouço não mandatório, em que os objetivos principais são garantir a igualdade de condições de tratamento de empresas fornecedoras locais competitivas, incentivar o investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e a transferência de tecnologia; retirar da lei da partilha o monopólio da Petrobrás na operação dos campos e os 30% mínimos nos leilões do pré-sal; e a política de preços dos combustíveis ter como meta a paridade com o mercado internacional.
    No setor de etanol, a estratégia seria o governo, no curto prazo, permitir que a Petrobrás aumente o preço da gasolina. No médio e no longo prazos, promover uma desoneração tributária, acompanhada de melhores condições de financiamento. Em contrapartida, cobrar das empresas redução de custos, aumento de produtividade e investimentos em novas tecnologias.
    * DIRETOR DO CENTRO BRASILEIRO DE INFRAESTRUTURA (CBIE)

    Desafio da tecnologia na produção de biocombustíveis


    Desafio da tecnologia na produção de biocombustíveis

    por Solange Varejão, da Revista Inovação em Pauta, da Finep
    Matriz energética brasileira é uma das mais limpas do mundo e, atualmente, mais de 45% da energia consumida no País provém de fontes renováveis.
    Desafio da tecnologia na produção de biocombustíveis
    Usina de geração de energia elétrica pela queima da biomassa (bagaço e palha da cana-de-açúcar). Créditos: Niels Andreas
    A matriz energética brasileira é uma das mais limpas do mundo e, atualmente, mais de 45% da energia consumida no País provém de fontes renováveis. Nos países desenvolvidos, esse percentual beira os tímidos 13%. Estudos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) revelam que o Brasil deve manter a proporção de quase 50% de renováveis até 2030.

    A projeção para o uso do petróleo e derivados é de queda, de 36,7%, em 2008, para 29%, em 2030. O espaço dos combustíveis fósseis será ocupado, em parte, pela cana-de-açúcar (álcool e bagaço), que já representa 16% da matriz e é a segunda maior fonte de geração de energia no Brasil depois do petróleo. Em 2030, esse número deve subir para 18%.

    Para manter e até elevar a sua posição no mercado de biocombustíveis a partir de 2010, o País pretende consolidar as técnicas de produção de etanol a partir da cana-de-açúcar e de biodiesel – as mais eficientes do mundo – até o domínio de novos processos para o desenvolvimento dos considerados de segunda geração. Dentre eles, está o bagaço da cana-de-açúcar, além de outras fontes de biomassas não usadas no consumo humano.

    O coordenador de Desenvolvimento de Tecnologias Setoriais em Energia do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Eduardo Soriano Lousada, explica que as ações do programa de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) para o etanol têm a finalidade de manter o Brasil na liderança mundial e atender as novas necessidades de sustentabilidade. “O Brasil conquistou reconhecimento internacional devido ao sucesso no uso de álcool combustível, tornando-se o maior exportador desse produto, além de vender tecnologia ao mercado externo”, diz Lousada.

    Em termos de fontes de biomassas para combustíveis de segunda geração, o mais pesquisado no Brasil é o bagaço. Além dele, existem projetos em cima dos resíduos da madeira e da atividade agrícola. Os combustíveis de segunda geração utilizam resíduos de diversas atividades industriais. Dessa forma, a tecnologia contribui para o reaproveitamento e reciclagem.

    Para o coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Tecnologias para Produção e Uso de Biodiesel Derivado de Óleos de Microalgas da Rede Brasileira de Tecnologia do Biodiesel, Nelson Antoniose, o mais importante é não ficar na dependência de uma única matéria-prima. Hoje, a soja é responsável por 85% do biodiesel consumido no País. Em 2008, foram produzidos no Brasil 1,16 bilhão de litros por cerca de 50 usinas controladas por capital privado e estatal.

    Clique aqui e leia a reportagem completa da Revista Inovação em Pauta, da Finep

    domingo, 19 de agosto de 2012

    Brasil na corrida dos biocombustíveis


    Brasil na corrida dos biocombustíveis


    Etanol. Brasil, China e Estados Unidos lideram produção do setor de biocombustíveis e buscam hegemonia no etanol de segunda geração
    Brasil, China e Estados Unidos serão os grandes protagonistas na corrida mundial de biocombustíveis de segunda geração. É o que aponta o estudo “Rumo a uma economia de etanol de próxima geração,” divulgado em 12/01 nos EUA pela Bloomberg New Energy Finance. Para saber mais... http://search.babylon.com/imageres.php?iu=http://www.agrovalor.com.br/2011/images/stories/1bio.png&ir=http://www.agrovalor.com.br/2011/noticias/2843-brasil-na-corrida-dos-biocombustiveis-&ig=http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSPbni6aC6QWH9TbIzKyw_ygpPVXiTxWGYHAOrGO6qKmyhh2MUDHd8j2As&h=396&w=400&q=charge+biocombust%C3%ADveis&babsrc=HP_ss_cr

    sexta-feira, 17 de agosto de 2012

    Brasil possui a matriz energética mais renovável do mundo industrializado com 45,3% de sua produção proveniente de fontes como recursos hídricos, biomassa e etanol, além das energias eólica e solar. As usinas hidrelétricas são responsáveis pela geração de mais de 75% da eletricidade do País. Vale lembrar que a matriz energética mundial écomposta por 13% de fontes renováveis no caso de Países industrializados, caindo para 6% entre as nações em desenvolvimento.  Para saber mais http://www.brasil.gov.br/cop/panorama/o-que-o-brasil-esta-fazendo/matriz-energetica