segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Desafio da tecnologia na produção de biocombustíveis


Desafio da tecnologia na produção de biocombustíveis

por Solange Varejão, da Revista Inovação em Pauta, da Finep
Matriz energética brasileira é uma das mais limpas do mundo e, atualmente, mais de 45% da energia consumida no País provém de fontes renováveis.
Desafio da tecnologia na produção de biocombustíveis
Usina de geração de energia elétrica pela queima da biomassa (bagaço e palha da cana-de-açúcar). Créditos: Niels Andreas
A matriz energética brasileira é uma das mais limpas do mundo e, atualmente, mais de 45% da energia consumida no País provém de fontes renováveis. Nos países desenvolvidos, esse percentual beira os tímidos 13%. Estudos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) revelam que o Brasil deve manter a proporção de quase 50% de renováveis até 2030.

A projeção para o uso do petróleo e derivados é de queda, de 36,7%, em 2008, para 29%, em 2030. O espaço dos combustíveis fósseis será ocupado, em parte, pela cana-de-açúcar (álcool e bagaço), que já representa 16% da matriz e é a segunda maior fonte de geração de energia no Brasil depois do petróleo. Em 2030, esse número deve subir para 18%.

Para manter e até elevar a sua posição no mercado de biocombustíveis a partir de 2010, o País pretende consolidar as técnicas de produção de etanol a partir da cana-de-açúcar e de biodiesel – as mais eficientes do mundo – até o domínio de novos processos para o desenvolvimento dos considerados de segunda geração. Dentre eles, está o bagaço da cana-de-açúcar, além de outras fontes de biomassas não usadas no consumo humano.

O coordenador de Desenvolvimento de Tecnologias Setoriais em Energia do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Eduardo Soriano Lousada, explica que as ações do programa de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) para o etanol têm a finalidade de manter o Brasil na liderança mundial e atender as novas necessidades de sustentabilidade. “O Brasil conquistou reconhecimento internacional devido ao sucesso no uso de álcool combustível, tornando-se o maior exportador desse produto, além de vender tecnologia ao mercado externo”, diz Lousada.

Em termos de fontes de biomassas para combustíveis de segunda geração, o mais pesquisado no Brasil é o bagaço. Além dele, existem projetos em cima dos resíduos da madeira e da atividade agrícola. Os combustíveis de segunda geração utilizam resíduos de diversas atividades industriais. Dessa forma, a tecnologia contribui para o reaproveitamento e reciclagem.

Para o coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Tecnologias para Produção e Uso de Biodiesel Derivado de Óleos de Microalgas da Rede Brasileira de Tecnologia do Biodiesel, Nelson Antoniose, o mais importante é não ficar na dependência de uma única matéria-prima. Hoje, a soja é responsável por 85% do biodiesel consumido no País. Em 2008, foram produzidos no Brasil 1,16 bilhão de litros por cerca de 50 usinas controladas por capital privado e estatal.

Clique aqui e leia a reportagem completa da Revista Inovação em Pauta, da Finep

Nenhum comentário:

Postar um comentário